Hoje, Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo voto de 54 milhões de brasileiros para seu segundo mandato de presidente, foi afastada do cargo por um Golpe de Estado orquestrado por uma mídia de massa explicitamente golpista, um grupo de empresários, políticos de direita (entre eles grandes corruptos, apologistas da tortura & do estupro, homofóbicos, restos da ditadura, etc) & a pior parte do judiciário. Disfarçando o Golpe com um processo ilegal & fraudulento (& velocíssimo) de impeachment contra uma presidente sem acusação de corrupção ou crime de responsabilidade, o grupo perdedor nas urnas pôde assim plantar no poder um presidente biônico, ficha-suja, fantoche de grandes privilégios & de interesses estrangeiros, cujo mandato usurpador começará, oportunamente, nesta sexta-feira, 13.
2 comentários:
O mais triste de tudo é ver nas ruas, pessoas que mais foram ajudadas pelo governo de Dilma e Lula comemorarem o afastamento, com a opinião imposta pela grande mídia brasileira, realmente muito triste este capítulo da nossa pequena História democrética, ver o triumfo de Golpistas...
Caro asterisco,
foi assim também em 1964, comemoravam nas ruas. Não é culpa dessas
pessoas, o efeito será sentido algum tempo depois. Para ver a coisa
enquanto ela acontece é preciso ser capaz de enxergar a sombra do próprio
tempo, & isso não é fácil.
E processos históricos, infelizmente, são longos & repletos de injustiças.
Esse tempo dilatado não nos serve pontualmente, porque uma vida humana nada
significa numa escala histórica, mas aos poucos o tempo constrói & ensina.
O triunfo de algo muito ruim - como o desse golpe que nos mergulha em nova
ditadura - não significa nada em termos de vitória, porque não é uma conquista
alcançada pelo valor, é uma trapaça de gente baixa, mesquinha.
Conquistas virão por gente de valor, & serão mais saborosas.
Importante é a lição de Dilma Rousseff, que errou muito, mas acertou muito,
& teve uma postura de coragem & dignidade a toda prova nos momentos mais
graves, que ameaçaram & tomaram não apenas seu mandato, mas a própria
democracia. Deixou esse gesto moral para a História, & está aí para lutar
de novo.
Abraço,
d.
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