sábado, 28 de agosto de 2010

nós, os mentirosos



os dedos de ambas as mãos como em argamassa
ou mesmo em bronze convertidos pedem, imploram
sob a voz uma crença, um sicut, um amen, etc.
tramam o terror na toalha quadriculada,
apontam os lápis com estiletes, como armas.
a delicadeza dos verdadeiros gestos falsos
comove:

eeeeeehá os que mentem em proveito
próprio, os que mentem por amor, os mentirosos
da malícia ou da miséria; os alegres mentirosos
da invenção hipnotizam a dor em prazer,
sopram flores refeitas das pétalas perdidas,
cantam o suplício dos dias com doçura.
eeeeeea mentira me ama e acaricia; a mentira, minha dama,
minha droga, me dá mil vezes mais
do que lhe dou: dança demorada, dourada
de prazer e vida, como amante nua que diz
que lhe quer agora para sempre e nunca mais,
lhe dá e lhe deixa para depois voltar
como mau hábito renovando o ardor
em dias mornos, de caneta em calendário.

eeeeeecultivar a invenção para viver, e inventar
planos e mapas de um lugar a conhecer;
os mentirosos são mais que humanos, ou menos,
se mesquinhos. mas mentira, se arte, escreve sobre
a convenção como, num papel, a invisível tinta de limão:
quem lê a vida sempre ao fogo, e que o fogo a leve.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Butter & Bread


Eu, após um pouco de ópio numa alcova oriental. Como sair dessa vida?


Julia Santini fez um ótimo trabalho: quase pensei em me aposentar do espaço depois de ler sua postagem. E ela não me deixava em paz, também.

Mas Donizete Galvão vai lançar livro novo em breve, a Bienal do Livro bate recordes neste país que não quer nem sabe ler, foi lançado o Almanaque Lobisomem, & a revista Épouca em desespero de causa lançou um daqueles dossiês “Dilma: quem te viu, quem te vê”, etc.

A baderna usual, q põe uma pessoa pensando sobre o peso relativo q a realidade (ou aquilo que um garoto de dez anos aprende a chamar “realidade” abstratamente) deveria desempenhar na vida comum do honesto & modesto cidadão brasileño.

Q pobre a nossa definição de realidade, a coincidir com debilóides vespertinos na TV. Um tempo sem filosofia, o nosso. O osso, o nosso.

Arredondando o assunto, escrevo algumas linhas a partir deste meu bunker florido, bibliotecado, com um computador respirando soturnamente na escuridão.

***
O único stand que achei interessante na Bienal do Livro; um tédio, o resto

Não é possível — embora pudesse ser desejável no mundo imaginário do Dr. Pangloss — postar com muita freqüência, pq sou uma daquelas pessoas insanas, cheias de teorias da conspiração, & desconfio discretamente do jornalismo.

“O q isso tem a ver, pazzo?”

Não acho possível algo de qualidade aparecer com freqüência semanal, ou quinzenal. Freqüência diária é simplesmente um modo humorístico muito espirituoso de apresentar o assunto para as pessoas educadas rirem de se mijar. Não é possível. Artisticamente falando, ao menos, não.

(Excluímos as notáveis exceções q podem ser exemplificadas com Rainer Maria Rilke escrevendo pilhas de poemas em 1923, se bem me lembro, tomado de um espírito de época cheio de belas frases evocativas & úmidas apóstrofes românticas).

Nós vivemos um período muito ansioso, um período de roedores de unha.

Mal as pessoas começaram a pensar numa coisa (a gente supõe q às vezes o façam) vem outra em cima, attention span de porcentagem desanimadora.

Aquele velho chato, rancoroso, vadio, solitário & misógino do Schopenhauer tinha razão em ao menos 1 coisa, q vem a ser: “Para esquecer um livro, nada melhor do q ler outro em seguida”. (Pra q ninguém diga futuramente q só falei mal do Schopenhauer, q, aliás, tem uma boa dialética erística disponível no mercado).

Ou se pode comprar um monte de 15 livros para tapar uns buracos na parede, & não ler nenhum, o q chega a dar melhor resultado & faz bonito nos números de pagantes de uma bienal do livro. Ou comprar duas dezenas de livros q não têm 1 milímetro cúbico da dignidade da árvore sacrificialmente cortada (ainda o fazem ou é tudo de plástico já?) para editá-lo.

Esses a pessoa pode ler à vontade: não aprenderá nada com eles, não correrá o risco de vir a ser outra após a leitura.

Anyway.

***


Donizete Galvão lança novo livro de poemas no dia 26 deste mês frio de agosto em SP, & convida todas as simpáticas pessoas ao lançamento, naturalmente, q vai acontecer na Livraria da Vila. Q vila? Nenhuma, a da Al. Lorena, dear ones.

D. Galvão é um dos melhores poetas brasileiros em atividade. Seu escopo de simplicidade não deve enganar o bom leitor, q deve ler textos pelo q são.

D. Galvão nunca se meteu a bancar o bacana da moda, ou a escrever besteiras estilosas & vazias como alguns pastéis de feira.

Sua dicção é discreta, a do registro da atenção detida.

***


"Oh ... meu Deus, não, não, você não entendeu... eu juro q não sou um crítico literáro". Too late, buddy.



E sai o Almanaque Lobisomem, com 300 pp. q deverão, suponho, levar 1 ano para se ler decentemente SE se quiser digerir a coisa direito, & não como o apressado homem lobo dos bosques costuma fazer com sua fast food.

Publicaram uma entrevista comigo (segue abaixo uma prévia), alguns poemas meus inéditos q se seguem ao Icterofagia, um artigo q escrevi sobre o cinema de Lars von Trier & + um ensaio & tradução q fiz de Peire Vidal, trovador-lobo.

Diversão garantida & seu dinheiro nada tem a ver com isso: ponho abaixo a lista de outros ilustres escritores presentes no almanacão de férias para ustedes, & o link pra baixar a coisa no estilo guerrilla — ora, direis, gratuitamente.

Lobisomem:
Qual a função do uso, em seus poemas, de extenso vocabulário em latim, francês, alemão, italiano, grego etc. Qual o motivo do português brasileiro nunca ser suficiente? Teremos sempre que usar o Google para ler um poema de sua autoria e entender as citações?

Dirceu Villa: O português não é suficiente porque sou lingüisticamente promíscuo. Tentei clínicas de reabilitação, mas foi tudo inútil.

Não creio que diria a palavra “extenso” para o uso de língua estrangeira nos meus poemas, e isso pode ser uma afirmação até estatística: é um emprego ocasional, que obviamente tem a ver com a função que a coisa desempenha lá.

Até o século XVIII, quando o Ocidente partilhava inteiro um mesmo princípio de composição poética, um poeta como Gregório de Matos podia emular retoricamente Góngora porque isso seria percebido (às vezes, os espíritos de porco o acusavam de roubo, porque ainda não pensavam em plágio) como um engenho, uma qualidade que punha em circulação a cultura poética.

Incorporar uma referência hoje funciona de maneira completamente diferente, e faço isso de modos muito diversos: escrevo o poema discretamente na mesma forma, mas com as minhas palavras, uso o mesmo ritmo, emprego uma palavra que remete a um poema ou poeta específico, uma epígrafe, ou mesmo, como você assinala, enfio trechos em língua original no meio. E de outros modos, cuja lista exaustiva nos deixaria exaustos.

Cada um desses modos tem um sentido pontual para cada poema, e ler isso a rodo não funciona. Muitas vezes distorço o significado original, ou modifico algumas palavras.

Às vezes, porque é mais dramático acertar o leitor direto na fonte lingüística de um conceito, ou porque é preciso deslocar seu ato de leitura com a intromissão da língua estranha; outras, porque não seria possível conseguir o mesmo efeito simplesmente traduzindo, ou fazendo uma paráfrase, como por exemplo, das palavras musicais em latim no relevo “Cantoria”, de Luca della Robbia, em Florença, que aparecem em “Multis per maribus”, um poema inteiro de referências greco-latinas, e mediterrâneas, que se abriram a partir de uma observação muito direta da vida e que têm seu sentido nela. Etc.

E isso é também o sentido desses poemas: perceber que muitas vezes aquilo que pensamos com distanciamento meramente museológico ou geográfico é, na verdade, vida tão palpitante e presente quanto algo muito intenso percebido em experiência quotidiana.

O que não há é gente para dar por isso, como diria o Fernando Pessoa. E, para ser muito franco, esse modo de registro da referência que você comenta nos meus poemas é apenas mais explícito, mas se se quer ler poesia, é preciso estar atento: não se lê Pessoa, Drummond, Sá de Miranda, nem qualquer outro grande poeta se não se percebe o uso que fazem de suas referências.

Pessoa faz um heterônimo inteiro responder passo a passo às Odes de Horácio, e se você não lê isso, não leu os poemas; Drummond escreve a “Máquina do Mundo” com múltiplas remissões de técnica do verso a Dante, à tradição italiana, a Camões, usa imitação de ablativo absoluto do latim, usa a escala da magia natural para o mundo sublunar (e é apenas 1 dos numerosos poemas dele a integrar um poderoso esquema de referências articuladas para um sentido); Sá de Miranda propõe diversos enigmas de sentido que vão de notações astronômicas a antigas cartas de baralho milanesas, antecessoras do tarô. Se você não percebe, não desfrutou tudo o que o poema oferece.

Grandes poetas, mesmo quando parecem muito simples e pedestres, são complicados. Ler bem é ler essas sutilezas de dicção, essas aproximações técnicas, o sentido da orquestração de múltiplas camadas de sentido e referência. Senão é como ler propaganda de banco num cartaz ordinário, é um trapo imprestável de linguagem, informação oca e sem vida.

Por isso não adianta usar o google para ler os poemas. O google é um instrumento útil, mas preguiçoso e pobre, da chamada “era da informação”, que baniu o conhecimento (a gente supõe que se entenda a diferença entre uma coisa e outra). E, muitas vezes, infelizmente para vocês, leitores, desfiguro as citações além do que se pode achar com proveito explicativo no google.

Almanaque Lobisomem: você pega o seu aqui:

http://rapidshare.com/files/412611585/lobisomem.pdf.html

ADBUSTERS + ALBERTO MARTINS + ALFRED DÖBLIN + ANDRÉ FERNANDES + ANDRÉA CATRÓPA + ANNE SEXTON + ARNALDO ANTUNES + AVELINO DE ARAUJO + BANKSY + CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE + CARLOS MARIGHELLA + CHRISTIAN MORGENSTERN + CORINGA + DIEGO DE SOUSA + DIEGO VINHAS + DINIZ GONÇALVES JÚNIOR + DIRCEU VILLA + EDUARDO GALEANO + E.E. CUMMINGS + ÉRICA ZÍNGANO + FABIANO CALIXTO + FABIO CAMARNEIRO + FABRÍCIO CORSALETTI + FABRÍCIO MARQUES + FERNANDA SERRA AZUL + FLÁVIO RODRIGO PENTEADO + FLORA ASSUMPÇÃO + GABRIEL PEDROSA + HEINRICH BÖLL + HELIO NERI + HERIBERTO YÉPEZ + HERSCHEL PINKUS YERUCHAM KRUSTOFSKI + JEAN STAROBINSKI + JOHN ASHBERY + JOHN ZERZAN + JIM MORRISON + JULIANA AMATO + JULIANA MARKS + JÚLIO BARROSO + KAREN REVISITED + LAURA WITTNER + LAURIE ANDERSON + LEANDRO RODRIGUES + LEDUSHA + LEONARDO MARTINELLI + LETÍCIA COSTA + LILIAN AQUINO + MARCELLO VITORINO + MARCELO FERREIRA DE OLIVEIRA + MARCELO MONTENEGRO + MARCELO SAHEA + MÁRCIO-ANDRÉ + MARIANO MAROVATTO + MARÍLIA GARCIA + MÁRIO BORTOLOTTO + MARIO SAGAYAMA + MARCO BUTI + NICK DRAKE + NICOLAS BEHR + NÍCOLLAS RANIERI + PABLO ORTELLADO + PAULO RODRIGUES + PAULO STOCKER + PATRÍCIA AUGUSTA CORRÊA + PEDRO GALÉ + PRISCILA MANHÃES + QORPO-SANTO + RENAN NUERNBERGER + R. PONTS + RICARDO DOMENECK + RICARDO SILVEIRA + ROBERTO BOLAÑO + RODRIGO LOBO DAMASCENO + ROGÉRIO SGANZERLA + SAPATEIRO SILVA + SÉRGIO RAIMONDI + SYLVIA BEIRUTE + THAIS MONTEIRO + THE BEATLES + TIAGO PINHEIRO + TOM VIOLENCE + TOM WAITS + WILLIAM SHAKESPEARE + ZHÔ BERTHOLINI


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A revista Errática publicou oito poemas de Jules Laforgue, traduzidos por André Vallias. Laforgue foi muito pouco traduzido, NÃO OBSTANTE o fato de q é um poeta fundamental.

Se v. lê apenas os brasileiros, é bom lembrar q Manú Bandeira & Carlitos Drummond aprenderam uma porção de truques com ele. Augusto de Campos, Nelson Ascher & Régis Bonvicino já o traduziram antes.

Um escritor ou poeta pouco traduzido revela q o país q tão pouco o traduziu ainda não foi capaz de incorporá-lo.

É o q significa.

Pense agora no verdadeiro ABISMO de autores fundamentais ainda não traduzidos no Brasil & v. terá a dimensão do desastre na educação do país. Educação? O quê? (o cara ou a garota não ouvem nada na multidão da Bienal do (sic.) Livro).

Então vamos dar uma espiada séria nessas oito gentilezas de Vallias, shall we?


http://www.erratica.com.br/

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Caixa de livros belos & bons (kalós kai agathós) do selo Demônio Negro da Annablume. Infra:






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Fui perguntar ao Maquiavel o q ele achou de ser prefaciado pelo ex-pres. FHC. Foi durante a visita do autor italiano à Bienal do Livro, muito rápido, até porque, se bem me lembro, a Monica Iozzi do CQC disputava a atenção do cara comigo. O finíssimo finório me disse o seguinte:

DA: Niccolò caro, buon giorno, scusa: che cosa... che cosa tu pensi della introduzione che ha scritto FHC per il tuo libro del Principe?

NM: Ma dai, ho scritto sopra uomini come Caesar Borgia e Lorenzo de’ Medici. E per me hanno adesso fatto questa porca miseria: è come Bozo scrivendo un prefazione per Woody Allen!

DA: È proprio una sfortuna. Grazie mille & una buona Biennale per te.

NM: Dove si può mangiare una sogliola alla fiorentina qui? Lo sai?

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A propaganda política te persegue em tudo que é canto: "Você precisa votar em CALIGARI".


Política: sem comentários. Basta dizer q o circo já está visitando a cidade com sua feira de aberrações com alto-falante.

A gente podia ter uma arena, ouvir um morituri te salutant desses imbecis de Brasília & arredores, lá entre os leões. Isso sim seria circo para nosso pouco pão. Pão para os leões, essa seria a minha plataforma.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

FREE LANCE nel Diavolo Giallo

Reality is almost always wrong.


Sem publicar por mais de um mês, este demônio alheio: sou Julia Santini, e Dirceu Villa me permitiu, após alguma insistência minha, editar esta postagem. Ele me pediu apenas que pusesse o Dr. House de Hugh Laurie como a imagem para ilustrar.

Sem ansiedade, o autor deste blog me diz que está, neste momento, se divertindo com o circo do meio literário no Brasil, mesmo que a última expressão pareça se contradizer nos termos empregados. "E House contra os filósofos; hoje, meros acadêmicos: quem lhe diria que, se v. quer justiça, escolheu a espécie errada?". É um modo barato de me provocar.

Reclamei com Villa que ele deveria voltar a escrever no blog, e etc., mas apenas me mostrou duas notícias e riu.

As notícias eram: a FLIP (Villa disse que as letras significam Farsa Literária Internacional de Paraty) abrindo com as asneiras de costume de FHC, ex-presidente que as pessoas não deixam descansar em paz em seu apartamento em Higienópolis, ou em Paris; e um poema de Armando Freitas Filho, publicado na Ilustríssima da Folha de SP (caderno que substitui aquele que a revista Ácaro satirizava em seu hilariante caderno Menas!).

Era um poema (melhor dizendo, notícia longa tentativamente versejada, pelo que pude perceber) escrito para ecoar jornalecos sensacionalistas já há mais de mês falando sem parar sobre um goleiro assassino — mas não sou especialista em poesia: sou formada em grego e filosofia.

Em todo caso, não vi a graça que Villa achou nessas coisas. Me pareceu um negócio melancólico. "Aos vinte e seis anos v. não tem o direito de achar nada melancólico", ele disse.

Pedi que então me desse algo que servisse a este espaço, ao menos ... ao menos como manutenção. Gostava de ler o Demônio de vez em quando (quando Villa postava coisas interessantes, traduções e poesia autoral, não qdo. postava arame farpado).

Ele acha que me preocupo à toa, e que ajo como velhos medievais que tinham aquele horror vacui (horror ao vazio). E disse: "Está bem: mas não vou escrever nada. Ponha os seguintes links (me passou uma pequena lista) & não esqueça de mencionar o artigo de Damasceno sobre Oswald & o novo blog de Lins".

Foi o que fiz. Abaixo, os links para textos dos poetas Érico Nogueira e Ricardo Domeneck, que recentemente escreveram, de pontos de vista diferentes, sobre Icterofagia, livro de Villa. Mais uma página da revista desenredos que estampa três inéditos do poeta.

Perguntei se ele não gostaria de acrescentar algumas palavras sobre os textos ou os inédtos, ou dar uma entrevista, e ele me disse isto, ou algo mais ou menos como isto:

"Icterofagia já acabou, para mim. Faz dois anos que o publiquei. Amigos o comentam agora, os comentários são deles, muito bem-feitos, a propósito. Nogueira lê muito bem, & me torna muito mais simpático do q sou; Domeneck lê igualmente muito bem, & pensa q em uns poemas não resolvo o imbróglio vida/texto, mas ele se esqueceu da coisa fundamental da refração ... a refração...".

"Você está caçando uma palavra?"

"Eu pareço caçar palavras?"

"Honestamente..."

"Honestamente, creio q estou lembrando de uma piada para a punchline."

Achei que ele zombava de mim e resolvi encerrar aí mesmo, grata pela possibilidade de postar em seu blog semimorto. Abaixo, o texto de Érico Nogueira, no Ars Poetica:


O de Ricardo Domeneck, na revista Modo de Usar & Co.:


E o endereço dos poemas inéditos de Villa na desenredos:


É também na desenredos que se acha o ensaio de Damasceno, que Villa me sublinhou como "notável. A prosa brasileira não é tão mal escrita quanto costuma ser mal lida. Damasceno nesse texto sobre Oswald paira além das trincheiras críticas, concentrado no Miramar e em retificar confusões de terminologia. É exemplar".


Também vai aqui o endereço do novo blog de Thiago Lins, com Cortázar, Bolaño, Gógol, caricaturas, etc, etc, etc.




— Julia E. Santini, para o Demônio Amarelo.

PS: Villa chama também a atenção dos leitores para o excelente título & a postagem de Ana Rüsche "são paulo é de quem está aqui", contra os imbecis xenófobos.