quinta-feira, 29 de setembro de 2016

1992: E NINGUÉM É CIDADÃO, MESMO

Sexto mês, 
Ano I do Golpe de Estado: ditadura de MiSheLL Temer





E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
diante da chacina

111 presos indefesos, mas presos 
são quase todos pretos
ou quase pretos, 
ou quase brancos quase pretos de tão pobres
e pobres são como podres 
e todos sabem como se tratam os pretos

Cantaram Caetano Veloso & Gilberto Gil em 1992, & eis o que vemos agora.

Este país se tornou algo que já não merece que nada se diga dele: é um lugar de juízes fascistas, de policiais assassinos, de governo ditatorial, de mídia mentirosa & sem-vergonha, & de acomodados de poltrona bancando valentões & rosnando, da extrema direita destruindo com uma canetada a educação do país, & sorrindo ao apertar a mão oleosa da Shell para lhe dar de presente o patrimônio público mais rentável.

"Ninguém, ninguém é cidadão".

A verdade final, permanente. E a falta de coragem do eterno não-cidadão.

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