A poeta irlandesa radicada nos EUA, Mairéad Byrne, no programa de rádio Eclectic Seizure
Estou traduzindo, faz algum tempo, os poemas de Mairéad Byrne para um grupo de estudos irlandeses. Poeta muito peculiar, que escreve desde longos & complexos poemas com jogos aliterativos inteligentes e bem compostos (vejam abaixo minha tradução do início do longo "The Pillar") até poemas que incorporam a tradição estadunidense da stand-up comedy, epigramas, e mesmo por vezes poemas de engenho steiniano.
Não teme a rima, nem o riso (freqüentes em suas leituras públicas) & nem o patrimônio das vanguardas. Escreve uma poesia povoada de inteligência, força & delicadeza, e nos surpreende a cada novo movimento.
Links para os interessados: SOS Poetry, para download na UBUWEB
E o blog de Mairéad Byrne, aqui
Áudio (leituras & entrevista)
Aos poemas, na minha tradução, apenas para tira-gosto. "O Pilar" foi publicado em Nelson & The Huruburu Bird (2003) e "Três Poetas Irlandesas" em Talk Poetry (2007) :
O PILAR (início)
— Agora sou apenas um capitão, mas, se sobreviver, irei para o topo da árvore.
Horatio Nelson a Sir William Hamilton
Nuvens voam, e mais, em céu cinzento e, sim,
gaivotas guincham indo à baía e, acho, ao fim
da garganta do rio, e o céu desprende
bandeiras de chuva, neve, escuras sementes
de amarilho, frio; o familiar antigo granizo
esvazia a aurora, desaba nos dias,
nas noites amarelas da cidade; e sua lisa
cabeça como lagarto, cascavel, basilisco,
inserida em nosso céu e no clamor
e clangor dos sinos, Nelson, nosso senhor.
TRÊS POETAS IRLANDESAS
Editores de antologias & números especiais sobre poesia irlandesa anotem: estou disponível para inclusão nessas publicações em três facetas: poeta irlandesa, poeta irlandesa inovadora e, como o campo anda bem aberto, primeira poeta concreta irlandesa*. Forneço coleções completas de poemas para cada identidade, e nomes escolhidos com sensibilidade mas ainda pronunciáveis: Minnie O’Donnell, poeta irlandesa; Clare Macken, poeta irlandesa inovadora; e Bo Doyle-Hund, primeira poeta concreta irlandesa. Amostras disponíveis incluem: “Meu Rádio Transístor”, “Léim an Bhradáin”, “Ritos de Passagem” (Minnie O’Donnell); “Trans/ís/t”, “Apóstrofe para Finnegan”, “Capacidade Eleitoral” (Clare Macken); “ciúnas”, “’”, e “18” (Bo Doyle-Hund). Trabalho numa quarta identidade ― “Poeta Notável Ela-Mesma”. O título provisório da personagem é: “Mairéad Byrne”.
* Sem mais piadas sobre canteiros de obras, por favor.
Editores de antologias & números especiais sobre poesia irlandesa anotem: estou disponível para inclusão nessas publicações em três facetas: poeta irlandesa, poeta irlandesa inovadora e, como o campo anda bem aberto, primeira poeta concreta irlandesa*. Forneço coleções completas de poemas para cada identidade, e nomes escolhidos com sensibilidade mas ainda pronunciáveis: Minnie O’Donnell, poeta irlandesa; Clare Macken, poeta irlandesa inovadora; e Bo Doyle-Hund, primeira poeta concreta irlandesa. Amostras disponíveis incluem: “Meu Rádio Transístor”, “Léim an Bhradáin”, “Ritos de Passagem” (Minnie O’Donnell); “Trans/ís/t”, “Apóstrofe para Finnegan”, “Capacidade Eleitoral” (Clare Macken); “ciúnas”, “’”, e “18” (Bo Doyle-Hund). Trabalho numa quarta identidade ― “Poeta Notável Ela-Mesma”. O título provisório da personagem é: “Mairéad Byrne”.
* Sem mais piadas sobre canteiros de obras, por favor.
Um comentário:
Villa, caro, obrigado pela dica, nao conhecia esta poeta. Vou ler os textos e seguir seus links.
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