terça-feira, 8 de novembro de 2011
Lançamento cabalístico da MODO de USAR #3
Fabiano Calixto me envia, lá de seu frutífero pé de laranja mecânica (http://meupedelaranjamecanica.wordpress.com/),
a notícia de que o número 3 da revista Modo de Usar & Co.
será lançado aqui em SP no dia 11 de novembro.
E põe lá também o que se pode encontrar
dentro do exemplar, isto aqui:
Angélica Freitas
Cecília Pavón
Charles Pannequin
Charles Reznikoff
Christian Prigent
Dirceu Villa
Emmanuel Hocquard
Érica Zíngano
Érico Nogueira
Fabiana Faleiros
Fabiano Calixto
Fabrício Corsaletti
Gertrude Stein
Helmut Heissenbüttel
Inês Cardoso
John Ashbery
Júlia Hansen
Kenneth Koch
Leandro Rafael Perez
Leonardo Gandolfi
Liv Nicolsky
Marcelo Sahea
Marco Catalão
Marília Garcia
Mario Sagayama
Nathalie Quintane
Paula Glenadel
Renan Nuernberger
Reuben da Cunha Rocha
Ricardo Domeneck
Roberto Bolaño
Rodolfo Caesar
Rodrigo Álvarez
Rodrigo Damasceno
Rosmarie Waldrop
Rui Camargo
Tiago Pinheiro
Vicente Huidobro
Victor Heringer
Violeta Parra
Walter Gam
Ainda mais: será lançado, na mesma noite,
o livro de Ricardo Domeneck, Cigarros na cama.
Tudo acontece aqui:
Bar Sabiá: R. Purpurina, 370, Vila Madalena.
Tel. 6850-2805, a partir das 18h,
no dia 11 do 11 do 11
(assustadoramente cabalístico).
terça-feira, 11 de outubro de 2011
RETOMANDO A CONVERSA
DE UMA FOTOGRAFIA ANÔNIMA
De porcelana, e a pele, máscara em branco ri
rente à face, e nesta sorriso menos, minguante.
Posam modelo e máscara entre tecidos, vasos
afilam ao fundo, da cerâmica abaula cada lustre.
Anônima. Jovem, peito descoberto, deitada segura
máscara junto ao rosto, ela à mostra até a cintura.
Prova sobre papel albuminado a partir de negativo
de colódio úmido em chapa de vidro; cerca de 1870.
algo assombra, talvez por imune ao tempo, a sombra.
domingo, 2 de outubro de 2011
Lançamento: Lustra, de Ezra Pound
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
TRANSFUSÃO na CASA GUILHERME DE ALMEIDA

quinta-feira, 1 de setembro de 2011
LUSTRA, de EZRA POUND (enfim)
Precisava escrever outras coisas aqui, após tanto tempo, mas o que segue se impõe agora: o livro acima, pronto, finalmente chegou às livrarias & está disponível para compra no site da editora Annablume.
Trata-se da minha tradução para o português, em versos, do livro de poemas Lustra (1916), de Ezra Pound. É a primeira completa em língua portuguesa, que eu saiba.
Escrevo também uma introdução para esclarecer o lugar desse volume na obra do poeta (no período em q surge, também) & escrevi notas aos poemas para aproximar o leitor que não percorreu a vasta literatura que Pound emprega em suas referências, citações, colagens, personae, etc.
É a edição mais completa de Lustra em qqer lugar do mundo.
E o livro significa o passo decisivo de Pound dentro do modernismo inglês, europeu & estadunidense. Formalmente variadíssimo que, indo do epigrama latino (e do verso livre & conversacional, baseado nos valores da prosa em verso), passando por textos de influência chinesa, chega também a poemas cuidadosamente sonoros, e personae maduras de poesia provençal, marcando assim um modo peculiar & muito influente de se compreender, poeticamente, parte da percepção então chamada moderna.
Traz o design gráfico absolutamente notável de Vanderley Mendonça, que já publicou na excelente coleção do selo Demônio Negro (meu primo, por sinal) livros de Joan Brossa, Sousândrade, Octavio Paz, entre outros. Em capa dura, recoberta de tecido, recupera com sutileza aspectos das edições inglesas históricas dos livros de Pound.
Agora tenho apenas de raspar a informação ao lado que diz que a tradução de Lustra permanece inédita. Não mais. E vem em texto bilíngüe & em um belíssimo volume, graças ao meu caro Vanderley.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
ADENDO À HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA

soube da estupidez que fizeram à sua obra. Não vou dizer que estou especialmente surpreso, porque não me lembro do Brasil ter cuidado com obras de arte ao ar livre (curiosa palavra, no contexto). Não cuida sequer da arte que tem o gesto curioso de enfiar em um museu, ou em bibliotecas.
O gesto particularmente troglodita de sumir com a obra, e obra recente, e planejada precisamente para aquele espaço, de fato cria uma nova definição para a estupidez humana em geral, e para a brasileira em particular.
Nem vou fazer a piada (porque seria piada) de que poderiam ao menos ter te avisado. Teria sido uma fineza de psicopata, que é coisa sobretudo inútil e potencialmente assustadora: "Enio, estamos te ligando pra avisar que vamos sumir com a sua obra imensa ao ar livre. Não, não somos bandidos, somos os caras que comissionaram a obra, mesmo".
Não sei: talvez seja um consolo imaginar que a supressão da obra será outro dia na história universal da infâmia, a partir do qual as pessoas se alarmem e pensem que algo está muito errado, que alguma coisa está realmente do avesso numa sociedade em que esse tipo muito regressivo de imbecilidade é possível.
Talvez eu argumente muito por causa do meu esforço de compreender o que vai (se algo vai) na mente nebulosa & rude que chega a uma decisão dessas, porque você sabe o quanto aprecio sua arte notável, e sabe o quanto julgo que a subestimam. Ela é um tesouro nacional, como a de outros artistas, & o país, hélas! não sabe disso. O país é sempre o último a saber.
Não iam mexer com você se você fosse a Lady Gaga, obviamente, porque um time de no mínimo 15 advogados tubarões acabava com a raça deles antes que pudessem cogitar a hipótese de pedir genuflexórias desculpas.
Não posso ir vê-lo para dizer isso tudo em pessoa, que estou em Londres, então digo aqui: fique forte, fique bem, meu amigo. Décadas atrás, aqui, quebravam as esculturas do Jacob Epstein. Sir Jacob Epstein. Ainda haverá justiça. Como você disse ironicamente no fim de uma entrevista que fiz com você há alguns anos: "Hei de vencer". Vencerá, sim.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Tarda, mas não falha (ou a chamada “justiça poética”)
http://www.germinaliteratura.com.br/literatura_esp_froes14.htm
http://www.germinaliteratura.com.br/literatura_esp_froes6.htm
Mas essa é apenas uma lembrança, ocasionada pelo ótimo artigo de Ricardo Domeneck em seu blog Rocirda Demencock (& também na Modo de Usar) sobre Fróes. O artigo é bastante completo & direto ao ponto. E pode se ler como parte de uma rica & complexa resposta ao ardoroso apocalipse que sempre se prega sobre a literatura brasileira.
E é artigo exemplar, que chama a atenção para esse grande poeta que vem aos poucos sendo redescoberto como uma das figuras mais importantes das últimas décadas. Ao menos, esse é o voto de Domeneck & o meu, poetas que vieram después & apreciam muito a obra de Fróes (não só, como sabeis: Alberto Pucheu, Sérgio Cohn, Fabrício Carpinejar, Ricardo Lima, entre outros, são da mesma opinião).
E mais: o simpático blog é daqueles que têm o bom senso de falar do poeta mostrando a obra, daí todo mundo pode ler por lá uma boa dose de poemas escolhidos.
Aqui:
http://ricardo-domeneck.blogspot.com/2011/05/apresentacao-da-poesia-de-leonardo.html
Ou aqui:
http://revistamododeusar.blogspot.com/2011/04/leonardo-froes.html
Gaudete.